sábado, 7 de fevereiro de 2015

SÍNDROME DE ESTOCOLMO

Quem nunca assistiu aquele clássico desenho da "Bela e a Fera"?
Com certeza a maioria das pessoas assim como eu, que tiveram a infância chamuscada pelos 'contos de fada' já ouviram falar nessa história.
Pois bem, o famoso conto francês de história feliz não tem nada.
Exatamente, quem disse que princesas não sofrem de distúrbios psicológicos?
Aqui acaba mais um 'final feliz', a nossa queria Bela sofria do que chamamos SÍNDROME DE ESTOCOLMO.



Essa síndrome é um estado psicológico particular, na qual a vítima de carcere privado é submetida. Após um certo tempo nas mãos de sequestradores a intimidação, ou o medo de sofrer violência ou morte faz com que a vítima passe a sentir simpatia, amizade ou até amor pelo agressor. Mas não se engane, isso ta longe de ser amor de verdade, isso é apenas necessidade de sobrevivência falando mais alto, ou, em termos psicanalíticos, um mecanismo de defesa.

A descoberta dessa síndrome aconteceu em 1973, em Estocolmo, capital da Suécia. Após um assalto a banco, quatro reféns ficaram sob ameaça de dois criminosos. A negociação para a libertação dos reféns levou seis dias. Sabe o que foi mais incrível? Os próprios reféns criaram uma espécie de 'escudo humano' para proteger fisicamente os bandidos. A partir desse fato, inúmeras situações semelhantes ocorreram, e em todas elas foi-se constatado que o nível traumático da vítima é tão grande, que a própria mente cria uma forma de se preservar dessa situação.
 Mesmo após a libertação da vítima os vestígios do trauma podem permanecer. Ou seja, por mais que a nossa mente queira acreditar que aquele cara é um lindo príncipe, cuidado! Ele ainda é uma "Fera".

São casos como esses que nos faz pensar no quanto se torna difícil a vítima de violência, seja qual escala for, se livrar psicologicamente do que lhes ocorreu. Mesmo que a situação termine, o que fica dela pode durar uma vida inteira. E os "felizes para sempre" cai por terra.


Aline Westphal
Psicóloga.


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