O primeiro fator é cultural, ainda vivemos numa sociedade
que a ideia de superioridade do homem predomina, ou seja, o famoso machismo!
Uma grande maioria dos homens violentadores se sentem donos das suas parceiras e acreditam que podem controlar a vida e os desejos da outra pessoa. Esse pensamento abre margem para agressão.
Uma grande maioria dos homens violentadores se sentem donos das suas parceiras e acreditam que podem controlar a vida e os desejos da outra pessoa. Esse pensamento abre margem para agressão.
As justificativas mais comuns de alguns agressores é o vício
do álcool ou das drogas, utilizando da sua ‘fraqueza’ para aliviar o próprio fardo.
Mas se você caro leitor, que chegou até esse texto, se identifica como uma
vítima de um viciado, saiba que essa não é uma boa justificativa, aliás, não
existe justificativas para o ato de agredir um outro alguém, principalmente
quando esse alguém é seu próprio(a) parceiro(a).
Alguns fatores dificultam o desligamento dessa vítima com o
agressor, começando pelo medo das ameaças de morte, das perseguições, ou para
quem tem crianças envolvidas na situação o rompimento torna-se ainda mais
difícil. Outro fator é a dependência financeira, muitas mulheres vivem em
situações bastante complicadas, se mantendo com o violentador para ter onde
morar ou continuar se mantendo. A vergonha de admitir a agressão, ou de que as
outras pessoas saibam, também é um fator que dificulta o rompimento, assim como
em alguns casos a própria vítima acredita no falso arrependimento do agressor,
se mantendo presa a um ciclo vicioso. E o pior de todas as falsas crenças que
essa vítima pode ter, são as que as acreditam que a violência muitas vezes faz
parte do relacionamento, naturalizando um ato criminoso como uma mera briguinha de
casal.
Existe muitos fatores que mascaram a violência e dificultam
o rompimento desse vínculo patológico e tão perigoso. Mas devemos estar atentos
sempre, em nós mesmos em primeiro lugar para não cairmos nessa armadilha do
amor como uma posse do outro, e também atentos aos outros. Sim! Essa história
de que “em briga de marido e mulher não se mete a colher” é papo furado, nós
temos a obrigação de ajudar uns aos outros, então, desconfiou? Denuncie! Faça a
sua parte!
Aline Westphal
Psicóloga Clínica

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